João Wagner Galuzio
Clássico e básico, sabe-se que a páscoa
cristã tem sua tradição estabelecida a partir da páscoa judaica, ocasião quando
Jesus chegou à Jerusalém para celebrar a ocasião. O evangelho (boa nova em
grego) do Nazareno apresentava e representava uma grande mudança nas regras
rigorosamente estabelecidas pelos então donos da liturgia. Mais do que os 10
mandamentos, o mandamento de “Amar a Deus acima de tudo e ao próximo, como a ti
mesmo!” estabeleceu a síntese de todas as centenas de mandamentos da velha lei.
O trânsito de Jesus entre nós e,
em especial nesta santa semana, celebrada a cada ano, é repleta de lições, ensinamentos,
extraordinários simbolismos e metáforas em profusão. Cada gesto e toda palavra desse
Santo Mestre estão eternizados na liturgia de todos os seus crentes, por todo o
mundo, em todas e cada comunidade.
São eloquentes e emocionantes
todos os ritos e rituais celebrados de modo cerimonial, com pompa e
circunstância em cada igreja, no exato sentido que Jesus nos ensinou: “Onde
dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, lá estará a minha igreja.” Este cerimonial
é envolvente, cativante e, também, excruciante quando testemunhamos Sua dor,
Seu sofrimento.
Indispensável para celebrar, esse
cerimonial, no entanto, é a parte física, visual, instrumental ou operacional
da tradição. Essa profunda reflexão pode nos impor um verdadeiro estresse pós-traumático,
uma “experiência” tão intensamente angustiante primeiro (o calvário) e, esfuziante
depois (a glória), a passagem, a ressurreição. O cerimonial, lembro, é lado objetivo
e operacional da celebração. Ratifico, indispensável.
Onde está o transcendental, o que
é a sublimação, nesta celebração? Está na inspiração magnífica do Espírito Santo
e na assunção vertiginosa de nossas melhores qualidades humanas, à imagem e
semelhança do Criador, como: o amor essencial, a santidade natural, mesmo
imperfeita, de todos nós, o perdão generoso, a gratidão incondicional. Fácil?
Nada, viver essas qualidades, ou competências, exigem toda nossa inteligência, concentração
e determinação para quase esboçar uma fração do que deveria ser a nossa
manifestação divina. Como praticar e desenvolver isso? Eu tenho uma intuição.
Viver a oração que Ele nos ensinou.
Sim, viver! Falar, cantar, gritar ou urrar aquelas palavras, o texto, não têm, nem
de perto, a eficácia da nossa experiência de viver o caminho que lá está descrito.
Lindo e verdadeiro, o Pai Nosso é um atestado de fé, de esperança e caridade
muito sofisticado e muito elaborado para se viver.
Feliz páscoa sempre e enquanto vivermos,
absolutamente, o Pai Nosso.
Pai Nosso que estais nos Céus, santificado
seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa
vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai
hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem
nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos
do mal. A seguir, faça como eu, uma ladainha especial e, familiar.
Prepare a sua!
Santa Alice Assunta,
orai por nós.
Santa Maria Inês dos gatinhos, orai por nós.
São Guerino do dedo verde, orai por nós.
Santo Irmão Darciso do caráter verdadeiro, orai por nós.
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