sábado, 18 de outubro de 2014

Holocausto e "demonicracia"

João Wagner Galuzio
Escrevedor e Cantador

Diante dessa vergonha em que se converteu essa campanha desonesta, baixa e sem pudor desse partido todo poderoso, é muito triste e difícil, como professor, orientar nossos jovens a valorizar a política como alternativa de construção de uma sociedade diversa e melhor para, agora e no futuro, escrever novas leis inteligentes e honestas (sim, hoje muitas leis são desumanas).

Já é lamentável quando esse partido faz terrorismo e ainda faz o tipo "vítima", manipulação sedutora que reverbera nas mentes ingênuas como um delicioso canto de sereia. Ainda mais é insuportável ver essa senhora que está presidente se submeter (ou impor) a sua agenda ideológica a toda nação.

A estratégia de poder desse partido tirano e ditador é imperial, baseada em mentiras, falácias, factoides, dissimulações, generalizações, dossiês, cretinização, ódio, distorções, negação, desconstrução e desinformação, cinismo, hipocrisia, demagogia, falsidade, manipulação, demonização ou satanização entre tantos outros vícios que constrangem a razão.

A sua propaganda não usa métodos de apresentação, esclarecimento e convencimento, se não apenas, métodos de catarse, conversão e hipnose como algumas seitas messiânicas. Seus seguidores se comportam menos como cidadãos e mais como fanáticos radicais ensandecidos.

Mais triste ainda é perceber que pessoas razoáveis são massacradas por essa lavanderia de neurônios e hoje como zumbis, com a sua boca seca vociferam mantras odiosos e rangem seus dentes enquanto simulam sorrisos vermelhos e nos tratam como inimigos com seus olhos vidrados. Para eles quem pensa diferente não é cidadão, é inimigo e deve ser desconstruído, eufemismo para holocausto.

Não se enganem o holocausto e outras práticas de extermínio começam assim. Primeiro quem é diferente é "apenas" rotulado, depois vem a divisão "nós contras eles", depois a segregação até o extermínio.

É surpreendente que assistam à destruição da democracia em nossos países vizinhos e, desespero, aclamam como se fosse uma benção ter os supermercados vazios, o direito de ir e vir controlado, a liberdade de dizer, falar e pensar censurada. É o fim da picada e, como são ardilosos, buscam seduzir principalmente nossa juventude idealista e reformadora, os envolvendo em redes e mídias eletrônicas. Usam as tecnologias modernas de informação para controlar e classificar a informação como lhes convém. Usam a tecnologia para promover o retrocesso.


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Neutralidade engajada (sic).

João Wagner Galuzio
Escrevedor e Cantador

Então, eis que começam os debates neste segundo turno de eleições para Presidente da República e mais uma vez somos surpreendidos com a lógica apatetada e, ou, aparelhada de um naipe vermelhusco da militância política brasileira.

Um conjunto de partidos que se pretendem reformadores são exímios em produzir novos significados ao nosso vocabulário atendendo, por óbvio, à sua conveniência. É especialmente surpreendente que ainda se considerem intelectuais libertários e que comovam e arrastem multidões de fãs e súditos. Não precisaria mencionar as pérolas que já se tornaram clichê no noticiário [policial], mas vou obstinar.

Desde o escândalo envolvendo a organização criminosa que foi julgada recentemente pelo nosso Supremo Tribunal Federal, vimos pulular inúmeras interpretações cínicas e maliciosas acerca dos delitos cometidos e outras barbaridades semióticas:

‘Corrupção’ queriam fazer significar ‘recursos não-contabilizados’;
‘Estelionatários’ queriam fazer significar ‘aloprados’;
‘Presidenta’ uma horrenda corruptela para o particípio ativo de quem preside, ou Presidente;
‘Elite’ para representar qualquer indivíduo que tenha opinião diferente;
‘Planilha’ (vazando sigilo federal contra opositores) queriam fazer substituir ‘dossiê’, estes entre muitos outros. 

Agora, mais recentemente, o principal guru desta seita que reúne diversos partidos e movimentos (sic), conversou com ‘jornalistas internautas’ querendo dizer “blogueiros”. Apenas àqueles que lhe são mansos e lenientes. A claque, óbvio.

Ontem, oito de outubro, dia do nordestino, uma gaúcha muito da guerreira, dona de uma juba de fazer inveja à Medusa, melhorou o nosso idioma transcendendo o significado de ‘neutralidade’ quando indicou que seu partido iria adotar esta postura no segundo turno orientando seus correligionários a ‘não votarem’ num candidato específico.

Brilhante, conseguiram inventar a ‘neutralidade engajada’. Sensacional. Lógica? Ah! Fala sério, ó elite opulenta, és muito exigente. Um breve passeio pelo dicionário ensina que neutralidade ou 'qualidade de ser neutro', tem sua origem no latim “neuter” que, em essência, significa literalmente ‘nem um, nem outro’.


Eu posso entender, mas não reconhecer o uso espúrio. Para tentar salvar o argumento torto e enviesado que adotam, quando testados, atestam sua genial ignorância na forma de uma nova manipulação para emendar, grosseiramente seu raciocínio, ou a falta dele. 

Não deixem de ver os próximos capítulos, novas e inusitadas abominações virão por aí. Enquanto seus clones ululam, eles se eternizam. 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Brava gente brasileira.


João Wagner Galuzio

Nós todos formamos mesmo uma nação incrível. O Brasil é um país gigante em tamanho e em cultura. Como professor, tive a oportunidade de assistir a uma apresentação de um muito ilustre professor e consultor, festejado em todo mundo, o Sr. Gary Hamel que já tinha vindo ao Brasil algumas vezes.

Lembro-me de que alguém lhe teria perguntado se, como éramos (e ainda somos) tratados por muitos no exterior, como país de terceiro mundo, se as boas ideias de administração, tão bem sucedidas em toda parte, poderiam também ter sucesso aqui no Brasil.

A resposta foi bem interessante, ele disse: “Não existem países de primeiro, segundo ou terceiro-mundo. Mesmo nos países mais adiantados podem ser encontrados lugares com pouco desenvolvimento e, por outro lado, em países com grandes desafios de crescimento, podem ser encontradas 'ilhas' com alto nível de desenvolvimento.”

Penso que isso nos ajude a compreender melhor o Brasil, um país cheio de contradições e de oportunidades. Eu, diferente de algumas pessoas rabugentas que pretendem desunir estimulando conflitos entre as diversas regiões da nação, vejo na explicação daquele consultor o exemplo de nossas desigualdades.

Por todo Brasil vamos encontrar excelentes resultados e também problemas graves e urgentes, que exigem ações em nível social, econômico e ambiental. É preciso identificar, reconhecer e desenvolver soluções de inclusão para que haja sempre cada vez mais espaço para o crescimento de toda a nossa brava gente brasileira.

As nossas diferenças não devem representar uma fraqueza. Bastante diferente disso, deve ser o nosso ponto forte. A nossa diversidade cultural é uma vantagem sensacional e pode permitir, com ética e justiça, o desenvolvimento sustentável de todos brasileiros.

Veja que, é a diversidade cultural, com integração social que poderá permitir a realização do nosso sucesso. É preciso mostrar a todos que o discurso cínico e falso do ódio, do medo, do rancor ajuda apenas aqueles que, se fingindo de vítimas, exploram a emoção da gente humilde. São lobos vestidos de senhorinhas que querem devorar a nossa jovem democracia. Vamos mostrar que somos humildes, generosos e coerentes, mas não somos bobos.

Não vamos nos dispersar e deixar que incendeiem o país. Todos sabemos que somos beneficiados pelo extraordinário plano real que acabou com a inflação, a mãe de toda desigualdade. Vamos todos nos lembrar do trabalho firme realizado no final do século 20 para fortalecer nossa economia, nossas famílias e instituições. Vamos concentrar nossos esforços para ampliar e melhorar os programas sociais inaugurados por Fernando Henrique e que, depois foram mantidos, apenas com outro apelido.

Se diante da crise internacional em 2008, o presidente bem orientado pela área econômica, estimulou o consumo, subsidiou a produção e facilitou o crédito, sabe-se hoje que as soluções foram apenas temporárias e precisam de novas práticas e alternativas para de novo colocar o Brasil no trilho do desenvolvimento, do ciclo virtuoso.

O menor problema do Brasil é o seu ministro da fazenda o Sr. Guido, que obediente cumpre tudo que lhe determina a presidente Dilma. A encrenca está exatamente em ela continuar, pois ela de fato é quem manda na economia e tem tomado decisões insustentáveis.

Mais ainda, como é possível manter em suas mãos a chave do cofre e do nosso desenvolvimento quando ela mesma confessa que, como Presidente do Conselho de Administração, o cargo mais poderoso e controlador de qualquer empresa no mundo, ela não sabia de nada do que acontecia na Petrobrás quando a empresa era mal administrada e usada em benefício de um grupo de mal intencionados. É preciso lembrar que a Petrobrás é do povo brasileiro e não de um partido.

Melhor do que isso, podemos dar a oportunidade àquele que já governou Minas Gerais e obteve quase cem por cento de aprovação em sua administração, promovendo a integração e o desenvolvimento de todos.