terça-feira, 12 de janeiro de 2021

2024: Liz Cheney x Kamala Harris



João Wagner Galuzio

Uma vez encerrada a opção de se invocar a 25 emenda, instituto pelo qual o vice-presidente Mike Pence poderia submeter uma moção de incapacidade do Donald, vai-se levar a plenário uma votação pelo impedimento desse mau perdedor covarde.

Muitos deputados republicanos já teriam manifestado disposição de votarem pelo impedimento, para condenar o autogolpe que o criminoso tentou impor à maior república bananeira do hemisfério norte.

Senso moral? Consciência cívica? Coerência constitucional? Não creio!

O que  provavelmente estamos assistindo talvez seja a partilha do legado trumpublicano. Parecem estar esquartejando os restos insepultos do que, outrora, teria sido um partido tão conservador quanto coeso.

Durante quatro anos, apesar de desmoralizados pelo mastodonte, assistiram em silêncio às suas obscenidades inconstitucionais, foram babando e lambendo o que sobrava da lavagem fétida de suas vociferações.

Indignados, aproveitaram a conveniência de um ogro fazer o serviço sujo para obterem pequenas vantagens e até realizar uma pauta de retrocesso ao século dezoito. Por isso agora não estou convencido desse despertar do lado ruim da força.

Observo especialmente a senhora Liz Cheney, que me parece ser o estandarte dessa manobra de reposicionamento para ocupar o vácuo, ou sucata, do partido republicano. 

Posso imaginar a senhora Cheney se antecipando aos eventos para se lançar candidata à presidência dos EUA em 2024, como alternativa à provável candidata democrata Kamala Harris. 

Será, já posso vislumbrar, um duelo de gigantes, duas mulheres com força, faixa etária semelhante e grande capacidade de envolvimento e agregação. Pudera eu saber quem vencerá, uma resposta de 1 bilhão de dólares.
 

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