quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

COVID 19 - Coronavac 2020 - URGENTE


João Wagner Galuzio

Agora em 12 de janeiro de 2021, soubemos,  oficialmente, que a eficácia global da vacina desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan no Brasil e mais outros experimentos na Turquia e Indonésia, obteve como resultado de eficácia global 50,38%. 

O meu grifo em “oficialmente” se justifica por sabermos, desde meados de dezembro, que esses eram os números, não houve novidade ou ineditismo[1]. De fato, esse anúncio só foi adiado em virtude dos resultados diferentes obtidos na Turquia que apontou 91,25% de eficácia para a mesma vacina. Essa variação tão grande fez o laboratório Sinovac solicitar prazo adicional para verificar e, retificar ou ratificar os números, eles finalmente ratificaram os números do nosso Instituto Butantan.

Só isso, para mim, já seria suficiente para atestar a coerência e confiabilidade dos protocolos adotados pelo nosso instituto. Escândalo talvez pudesse se instalar onde o resultado foi muito superior, afinal, os noventa e um por cento se confirmaram ou não?

Duas hipóteses principais remanescem: A) Os resultados são diferentes mesmo, em boa parte em virtude do perfil dos voluntários que participaram dos estudos ou; B) Talvez os resultados por lá que devessem ser auditados, sem entrar no mérito de eventual influência política do autoritário poder central que ali prevalece.

Nem vou me estender com o presidente-tenente-jacaré, certo que estou de que sua fingida ignorância atende a um único objetivo, manter o adestramento de seus lagartinhos. Imputável, ele será devidamente responsabilizado pela história como desqualificado que é para assumir responsabilidades à altura de seu cargo.

Por outro lado, me aborreço com a manipulação frouxa da comunicação trouxa que fez uso marqueteiro da ciência séria. Tivéssemos realizado os resultados naquele momento e formalizado desde lá o uso emergencial, poderíamos estar sendo vacinados desde o natal passado mantendo-nos como referência mundial de imunização. Não faltava urgência e nos sobrava experiência para iniciarmos a vacinação.

O que dizer de políticos e eleitores ingênuos que “celebram” o suicídio de um voluntário durante a fase de testes e fazem estardalhaço com estatísticas que não entendem? Não somassem mais de 200 mil fatalidades seriam apenas anedota, como os números são implacáveis, excederam todas as quotas. Esse jacaré é coerente ao menos na sandice, assim como faz sua cruel e indefensável apologia à tortura, espreme os números até que confessem o que lhe convém, assim como ele quer entender.

50 ou, 78 ou, 90% não são expressões de uma competição, mas os parâmetros necessários para se definir estratégias para se implementar um Plano Nacional de Imunização – PNI, o dia D da hora H, ficou em 2020 e ninguém percebeu.

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